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2012 - Livro Vermelho 2013

Adiantum discolor J.Prado EN

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 02-07-2012

Criterio: A2c;B2ab(iii)

Avaliador: Rafael Augusto Xavier Borges

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Adiantum discolor é endêmica de áreas florestais severamente fragmentadas do sul do Estado da Bahia, com subpopulações com AOO menor que 500 km². Essas áreas sofreram uma redução de sua vegetação original de mais de 50%, permitindo inferir que uma redução da mesma proporção tenha se dado no tamanho populacional da espécie.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Adiantum discolor J.Prado;

Família: Pteridaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Distribuição

A espécie ocorre na Bahia (Prado, 2012). Segundo Prado (2000) a espécie é endêmica da porção oriental da costa brasileira (Bahia).Paciencia; Prado (2005) alertam para a importância de preservar as florestas da REBIO Una devido presença de A. discolor que até então não tinha sido encontrada no local. A partir de decisões conservacionistas na REBIO Una, os autores alertam que outras pteridófitas raras da região, alem de A. discolor, poderiam aumentar as populações e reintegrarem ao meio natural (Paciencia; Prado, 2005).A espécie ocorre em altitudes entre 100 m e 1000 m (Prado, 2000)

Ecologia

A espécie é terrícola, ocorre em floresta alagável ou em meio a plantações de Cacau (Cabruca) comumente encontrada no sul da Bahia.Ocorre nas porções mais elevadas e secas de florestas úmidas, em áreas de declive (Prado, 2000)

Ameaças

1.1.2 Wood plantation
Severidade low
Detalhes Na Serra Bonita, BA, local onde a espécie ocorre, o grau de preservação da vegetação é variado, tendo regiões tanto intocáveis como com diferentes graus de regeneração. Estas diferente caracterizações florestais ocorre em função do histórico do local que aponta o desmatamento para o corte madeireiro (Matos et al., 2010).

1.1 Agriculture
Incidência local
Severidade medium
Detalhes A atividade agrícola é uma ameaça a região de Serra Bonita (BA) (Matos et al., 2010).

1.1.2.2 Large-scale
Severidade very high
Detalhes Grande parte das florestas úmidas do sul da Bahia estão fragmentadas como resultado da atividade humana realizadas no passado, tais como o corte madeireiro e implementação da agricultura (Paciencia; Prado, 2005). Estima-se que a região tenha 30.000 ha de cobertura florestal (Paciência; Prado, 2005), 40.000 ha em estágio inicial de regeneração e 200.000 ha em área de pasto e outras culturas, especialmente cacau (Theobroma cacao L.), seringa (Hevea brasiliensis Muell. Arg.), piaçava (Attalea funifera Mart.) e dendê (Elaeis guianeensis Jacq.) (Alger; Caldas, 1996). Especificamente em Una, 27% da cobertura florestal é ocupada por pasto, 15% de floresta em estágio inicial de regeneração, 6% de plantação de cacau e 2% de plantação de seringa (Pardini, 2004). A maioria das propriedades particulares são fazendas de cacau, o principal produto da agricultura (Paciência; Prado, 2005)

Ações de conservação

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: "Deficiente de dados" (DD), segundo a lista vermelha da flora do Brasil, anexo 2 (MMA, 2008)

Referências

- PACIÊNCIA, M. L. B.; PRADO, J. Effects of forest fragmentation on pteridophyte diversity in a tropical rain forest in Brazil, Plant Ecology, v.180, p.87-104, 2005.

- MATOS, F. B.; AMORIM, A. M.; LABIAK, P. H. The ferns and lycophytes of a montane tropical forest in southern Bahia, Brasil, Journal of the Botanical Research Institute of Texas, p.333-346, 2010.

- PARDINI, R. Effects of forest fragmentation on small mammals in an Atlantic Forest landscape, Biodiv. Conserv., n.13, p.2567-2586, 2004.

- ALGER, K.; CALDAS, M. Cacau na Bahia: Decadência e ameaça a Mata Atlântica. Ciência Hoje, v. 20, n. 117, p. 28-35, 1996.

- PRADO, J. A new species of Adiantum (Pteridaceae) from Bahia, Brazil. Brittonia, v. 52, n. 2, p. 210-212, 2000.

- SALINO, A.; ALMEIDA, T. E.; HERINGER, G. Pteridaceae. In: STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A.; SOBRAL, M. COSTA, D. P. KAMINO, L. H. Y. Plantas da floresta atlântica. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, p.516, 2009.

- PRADO, J. Pteridaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB092020>.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

Como citar

CNCFlora. Adiantum discolor in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Adiantum discolor>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 02/07/2012 - 18:56:42